sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Como as coisas podem sair tãããããooo longe do programado?
Como eu segurei minha vontade de engravidar para estar relativamente estável no novo emprego e para esperar o meu apê onde teria meu sonhado PD ficar pronto e agora estou imobilizada, sem garantia de receber minha função de volta ao término da licença e sem casa própria?
Que hora difícil e por isso a mais necessitada de que eu tenha fé!
E mais dificil ainda, não é fé de que tudo o que planejei vai dar certo, mas que tudo vai dar certo de alguma forma, sem controle e sem conhecimento prévio meu...
Isso é que é fé, não?
Acreditar no impossível, nas virtudes do mundo, sem saber ou esperar nenhum resultado específico.
É, não vou estar em forma antes do meu filho nascer, pois só na semana que vem recomeço a andar, devagarinho, de muletas, com 8 meses e meio de gestaçao.
É, não vou estar na minha casa, onde sonhei em ter meu parto humanizado, respeitoso e amoroso. Onde sonhei dançar, dormir e despertar a espera do doce e estrondoso momento do nascimento.
Mas meu filho vai nascer. Meu papel é oferecê-lo uma sensação de segurança que hoje inexiste em mim. Meu papel é tentar me desligar desses problemas, mesmo sem a certeza de que de alguma forma não posso ajudar a resolvê-los, e me concentrar nele. E recebê-lo, em amá-lo, em esperá-lo pacientemente.
Meu filho, me desculpe por creditar minhas esperanças num gravidez, parto e puerpério felizes, melhores do que quando foi a vez de seu irmão nascer a fatos que não dependiam de mim. Pois eu não contava em ter tanto stress no trabalho na gravidez (e me desculpe por não ter lidado com isso) e em não ter casa para seu nascimento e puerpério. Mas nosso lar é onde estivermos, né? Com o resto eu lido depois.
Que o nosso parto, a nossa jornada seja abençoada. Vou voltar e me concentrar nisso. Em preparar minha cabeça para todo o proceso do parto, ler e assistir vídeos de parto e nos imaginar juntos, plasmando essa imagem nas nossas vidas. Tudo dará certo. Você é forte e juntos somos mais fortes.
Eu te amo, meu filho.
Você foi desejado, amado desde o primeiro momento. Concebido conscientemente, de forma mística e completamente integrado com a natureza e a energia cósmica. Era pra ter sido agora mesmo. Então, o que já aconteceu, faz parte da nossa história. Vamos respeitá-la e aceitá-la.
Amo você!
Que nós tenhamos mais um mês e meio de gravidez pela frente.
Louvo a Deus pela sua vida e sua força. Pela nossa família.
Que papai do céu nos abençôe!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A consciência do útero no parto natural

Rumo à minha compilação de idéias, textos, inspirações e etc para reler perto do nascimento de Estevão, vou começar a organizar as idéias.
Porque afinal, quando descobri que estava grávida, junto com o turbilhão hormonal, mudanças de humor e indisposições, me vi envolvida em vários projetos desconexos e que me apartavam do que eu quero para essa gravidez: tranquilidade, consciência, respeito e vivência do amor. Mas nunca é tarde.
Me libertei de alguns pesos que criei pra mim: que nada de estudar pra concurso ou almejar crescimento profissional. Tenho o resto da vida pra isso, mas somente esses poucos meses para viver essa experiência tão intensa, que não curti e valorizei devidamente na primeira vez.
Então, agora, nesse momento de busca de minha feminilidade, do poder do feminino, estou encantada com a dança do ventre. Já me imaginei tanto parindo e dançando e curtindo de verdade o parto. Queria dançar ha mais tempo, saber fazer todos aqueles lindos movimentos.
Em vários textos que pesquisei, não se tem ao certo a origem da dança oriental tradicional. Entretanto, existem históricos de que é uma dança de fertilidade, gravidez e parto. Já vi homens dançando lindamente, mas que a dança do ventre é essencialmente feminina, isso é.
Uma curiosidade que li é que por conta da sexualização da dança, de forma puramente vulgar e desconectada do sagrado feminino, tem-se hoje, até mesmo nos países árabes, uma visão que essa dança é somente voltada para sedução e sexualização. Assim, tendo sido proibidas de dançarem, muitas mulheres hoje dos países árabes perderam a única arma para parir sem dor, que era a dança do ventre, já que utilizavam-se dos movimento sinuosos para trabalhar a favor da abertura e relaxamento do útero. Aparentemente, a dança também era usada para hipnotizar a parturiente para que ela repetisse os movimentos do ventre que suas acompanhantes realizavam e se entregar ao irracional (à partolância, será?).
Afinal, como bem explica Michel Odent, a mulher precisa se desconectar do neocortex para que toda a daça de hormônios do parto possa acontecer. Deixar dormir a mlher racional e dar vez à mulher bicho, mamífera.
Já assisti ao filme "Parto Orgásmico" e é fantástico. E acredito que isso só pode acontecer se a mulher estiver se sentindo plenamente segura, à vontade e liberta.
Na primeira gravidez eu desejava muito um parto sem dor e rápido. Esse desejo era movido excluvivamente por medo. Hoje perdi o medo completamente (será que isso é seguro?). A dor, pra mim foi necessária. Me vi muito mais mulher, capaz depois daquele parto tão doloroso. E muito mais consciente.
Hoje aceito muito bem a idéia de um novo parto dolorido. Sei que aguento. Não sem ajuda. Mas consigo sim! Mas será possível imaginar um parto que, ainda que doloroso, seja também prazeroso?
Segue o link desse texto que me inspirou:
Para reler depois, com certeza!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Meu bebê é de 2012!

Antes eu estava meio perdida. Impressionante como os afazeres da vida, o trabalho, as obrigações podem nos desNORTEar!!! Então eu sentia mesmo que minha essência estava solta por aí. Na minha quase resposta racional, eu tinha parado de sonhar e havia crescido. Quanta ilusão... nada me faria crescer mais que meu filho, meu primogênito!
Ele, que nasceu de uma forma quase vioenta, sente desde cedo o peso das minhas escolhas, sentimentos e estilo de vida. É uma criança altamente sensível. Tem febre caso os pais briguem. Tem febre para me avisar que alguma coisa comigo não vai bem. É muito demandante, pede muito colo e atenção e, QUE MARAVILHA! Que sorte, meu pequeno, porque você nos escolheu! Me fez acordar à força e retornar minha atenção para a intuição, respeito à individualidade, valorização da sensibilidade, da beleza e da vida.
Nessa corrente, minhas leituras se focaram em espiritualidade, no mundo delas, das crianças de hoje.
Li um texto interessante nesse tempo, sobre a geração Z, sobre a criança "cristal", a era de aquário que se aproxima. Esse é o mundo dos meus filhos.
Se escolhi um parto natural que (ainda) não tive, amamentação prolongada, alimentação natural, não-violenta e livre de agrotóxicos, fraldas de pano, consumo consciente, etc, o fiz achando que fazia uma contribuição para que o mundo que eu (minha geração) deixaria para o meu filho, fosse menos pior.
Hoje, a minha impressão, é que algo grandioso está acontecendo. A primavera árabe, o occupy wall street, entre outros,me alegram, me trazem esperança de que o despertar de uma nova consciência acontece.
A mudança tão pregada, sob diversas formas, por várias seitas e religiões, por profecias, por indicações (talvez pessimistas) sobre climatologia bate a nossa porta (sobre), e acredito agora que o que faço, não é para o mundo que deixo para o meu filho, mas sobre os filhos que deixo para o novo mundo.
Confio tanto nessa boa mudança, nessa nova forma de viver (afinal o modo como vivemos já está fracassado, não?), que novamente tenho fé no ser humano.
Então, ao invés de ir para Alto Paraíso fugir do fim do mundo, lá iniciei uma nova vida, concebida de forma consciente.
Meu bebê é de 2012!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Yoga para gestante

Minha primeira aula de Yoga para gestantes foi ontem. A primeira aula depois que divulguei (ainda não para todos) que estou gestante e foi maravilhosa.
Senti falta, confesso, daquela estica e puxa do esforço e suor que uma aula de Yoga pode proporcionar , mas me beneficiei do alongamento, consciência e concentração e principalmente, dessa vez especialmente pra mim e bebê, de vivenciar a conexão, fortalecer os laços e pensar no futuro com otimismo. Pintei um quadro de quando o bebê já for nasciso e agora é nisso que devo pensar.
Comecei a praticar Yoga há algum tempo e me ajudou muito a sair de um ciclo confuso que eu vivia.
Estou feliz e em paz.
Talvez agora eu consiga botar em prática os planos de estudar/passar em um concurso melhor, porque... né? grávida não pode simplesmente simplificar as coisas... tem que viver tudo ao mesmo tempo...
Será que vou prosseguir com isso? Nunca achei que tenho perfil para blogar, embora ame escrever e passe muito mais tempo logada do que deveria.
Sou extremamente curiosa e razoavelmente crítica. Some-se a isso a maternidade que me tomou. Minha vida mudou tanto que, plagiando Adriane Galisteu, girou 360º (hahaha), porque hoje estou aqui, começando tudo (novo) de novo. Grávida do meu segundo filho ou filha, amado, esperado e planejado.
Quais são os meus objetivos? Manter-me consciente desse processo que escolhi.
Meu Teozinho, meu primogênito despertou a fera, o bicho, o anjo e a mulher.
Que essa gravidez seja vivenciada de forma consciente e madura.
Este blog será o meu farol.